Mirlene Picin é primeira brasileira a competir no Circuito Mundial de Kilometro Vertical

Mika na Kilometro Vertical de Zegama/Foto de Ramon Ferrer/Divulgação
Mika na Kilometro Vertical de Zegama/Foto de Ramon Ferrer/Divulgação
Na última sexta-feira (25/5), a esquiadora e corredora paulista Mirlene Picin competiu no Kilometro Vertical de Zegama, na Espanha, em evento válido para o ranking do Circuito Mundial de Kilometro Vertical. Mika, primeira brasileira a disputar essa modalidade, terminou na 19ª colocação entre as 35 participantes. Ela fechou a prova em 49m18s. A vencedora foi a francesa Christel Dewalle, com 37m36s, atual campeã do circuito vertical e uma especialista nessa disciplina. No masculino, que contou com 140 participantes, o vencedor foi o suíço Remi Bonnet, com 31m24s.
O Circuito Mundial de Kilometro Vertical está em sua segunda edição neste ano, com 12 provas em sete diferentes países. O primeiro evento de Kilometro Vertical da história aconteceu na Itália, em Cervinia, em 1994.
O Kilometro Vertical consiste em provas de subida na montanha. A largada é feita na base  e o ponto final costuma ser o pico. O Kilometro Vertical não é uma prova de 1km. As distâncias dos eventos podem variar de 2,5km até, no máximo, 5km morro acima. O percurso tem que ter um ganho de elevação ao redor de 1.000m, com inclinação variando entre 35% a 50%. Zegama contou com um percurso de 4,5km e elevação de 900m.
Mika terminou na 19ª colocação na Kilometro Vertical de Zegama/Foto de Ramon Ferrer/Divulgação
A largada dos atletas é feita individualmente contra o relógio, ou dividida em baterias de 8 a 10 atletas. Ganha quem fizer o menor tempo do ponto mais baixo ao ponto mais alto.
Há uma pontuação no ranking do circuito e, ao final do ano, o primeiro colocado é o campeão da temporada. Todas as etapas têm premiação em dinheiro e os campeões do circuito recebem um bônus de € 10 mil.
“Fiquei satisfeita com o resultado. Nunca havia competindo em um evento nestes moldes. No Brasil não temos competições de Kilometro Vertical e aqui na Europa ela é uma disciplina tradicional, com um nível competitivo impressionante. Vim ver como funciona, aprender mais sobre essa modalidade e da corrida de montanha de largas distâncias também”, afirma Mika. “Zegama é uma das etapas mais fortes do circuito, com atletas especialistas em subir correndo e ‘escalar’. Uma das características do Kilometro Vertical é ser composto por trechos onde a ascensão do atleta tem que ser feita com técnicas de ‘escalada’ livre. Ficar entre as 20 primeiras colocadas é um resultado expressivo. Onde vivo no Brasil, não tenho terreno acidentado assim para treinar, com subidas tão longas e inclinadas.”
A próxima competição de Mika será nos 21km da Trail Tozal de Guara, na serra de Guara, Pré Pirineu, na província de Huesca-Aragon, no Norte da Espanha, no dia 3 de junho.
Mika tem patrocínio da Visafértil, Fermac Cargo e Nanobr Nanotecnologia, com apoio daMurilhas Comunicação e Hospital 22 de Outubro, e parceria Sejel-Mogi Mirim.
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Sobre Iúri Totti 1379 Artigos
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. "Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer."

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