Bolinhas de água são atrações na Maratona de Londres

Ooho, a bolinha de água comestível usada na Maratona de Londres
Ooho, a bolinha de água comestível usada na Maratona de Londres

Bolinhas de água comestíveis. Essa foi uma inovação que a Maratona de Londres utilizou na edição deste ano, em 28 de abril. Preocupada com o impacto que o plástico causa ao meio ambiente e de protestos quanto ao rastro de lixo nos meio-fios, a organização trocou as garrafinhas por pequenas cápsulas de água biodegradáveis e comestíveis.

Nos últimos dois anos, muitas pessoas declararam que gostariam de participar de eventos públicos como a Maratona de Londres, mas centenas de milhares de garrafas de água de plástico jogadas fora é um fator importante na decisão.

Menos 216 mil garrafinhas

Dessa maneira, a Maratona de Londres buscou uma solução. Nesse sentido, encontrou o Ooho, as bolinhas de água comestíveis. Como resultado dessa inovação, houve uma sensível redução no uso de plástico. Em 2018, foram utilizadas 920 mil garrafinhas de água, enquanto que, na edição deste ano, foram 704 mil. As 216 mil Ooho distribuídas aos maratonistas representaram uma diminuição de 24% no uso de garrafinhas.

Como é difícil carregar garrafinhas por muito tempo e há poucos locais específicos para o descarte, grande parte dos maratonistas jogam as embalagens no chão. A fim de evitar isso, as bolinhas de água são muito bem vindas.

Cápsula biodegradável

A embalagem, feita de algas, é facilmente consumida. Basta por na boca, apertar com os dentes e ela se rompe. A água não tem sabor.

Bolinhas de água foram distribuídas no Km 36 da Maratona de Londres

Caso a bolinha de água seja descartada, a natureza cuida de eliminá-la. Como a cápsula é biodegradável, ela vai se desfazer em quatro ou seis semanas. Portanto, não deixa resíduos no ambiente.

As bolinhas, segundo a Skipping Rocks Lab, startup que criou bolinhas de água comestíveis, podem ser usadas não só para armazenar água. Elas também podem conter outras bebidas, como, por exemplo, isotônicos, no caso das corridas.

Um dos fatores mais importantes na criação dessas cápsulas comestíveis é o fato de que as algas marinhas podem crescer até 1 metro por dia e não precisam de água doce ou fertilizante. Elas também contribuem ativamente para a desacidificação (retirada de ácidos) dos oceanos.

Trabalho de escola

A startup londrina foi criada em 2013 por Rodrigo Garcia Gonzalez e Pierre Paslier, enquanto estudavam engenharia de projetos de inovação no Imperial College London e no Royal College of Art.

O projeto foi recentemente expandido. Agora as bolinhas estão usando a mesma técnica para armazenar molhos, como, por exemplo, catchup.

A equipe também quer criar outras formas para substituir o plástico. Depois que foi usada para líquidos, a Skipping Rocks Lab está desenvolvendo produtos para armazenar frutas e legumes, filmes termosseláveis e embalagens para produtos não alimentícios, como, por exemplo, parafusos e pregos.

Fonte: www.boredpanda.com e www.sonoticiaboa.com.br

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Sobre Iúri Totti 1379 Artigos
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. "Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer."