A queniana Jemima Sumgong, de 32 anos, campeã da maratona nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e da Corrida Internacional de São Silvestre do ano passado, foi pega no doping. Durante um teste surpresa realizado pela Iaaf (Associação Internacional de Federações de Atletismo), no Quênia, a corredora testou positivo para EPO (eritropoietina), hormônio sintético para melhoria de performance . Caso a segunda amostra comprove o doping, Jemima deverá ser suspensa por, no mínimo, dois anos, e pode ter seus resultados cancelados. Essa é a segunda vez que a queniana é flagrada por uso de substâncias proibidas. O primeiro caso foi em 2012.
“A Iaaf confirma um caso de violação das regras antidoping pela atleta Jemima Sumgong, nesta semana. A atleta testou positivo para EPO (eritropoietina) após um teste sem aviso prévio conduzido pela Iaaf no Quênia”, declarou a entidade em comunicado oficial.
O ano passado foi o melhor na carreira da queniana, primeira corredora de seu país a conquistar uma medalha de ouro olímpica. Além de vencer nos Jogos do Rio, com 2h24m04s, ela foi campeã da Maratona de Londres, com 2h22m58s. Como está suspensa de provas oficiais da IAAF, Jemima não poderá tentar o bicampeonato pelas ruas da capital inglesa, no próximo dia 23.
Caso os resultados de Jemima sejam cancelados, Eunice Kirwa Jepkirui, que nasceu no Quênia mas que correu as Olimpíadas pelo Bahrein, herdará a medalha de ouro olímpica.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”