Correr e fazer o bem. Esse é o conceito da Wings for Life World Run, no Rio, dia 6 de maio. Inscrições abertas

Largada da Wings For Life World Run, em Brasília. Foto de divulgação

Depois de reunir mais de 150 mil atletas ao redor do mundo em 2017, a Wings for Life World Run, corrida que acontece simultaneamente em diferentes países, voltará ao Brasil pelo quinto ano consecutivo, mas de casa nova: o Rio de Janeiro. Confirmada para o dia 6 de maio, a organização anunciou o percurso oficial na capital fluminense nesta quinta-feira (8), que passará pelos mesmos locais da Maratona do Rio e em parte da Maratona dos Jogos Olímpicos de 2016.
Os corredores largarão, às 8h, na Zona Oeste do Rio, começando pela Praça do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes. De lá, seguirão pelas orlas da Barra da Tijuca, São Conrado, Leblon, Ipanema, Copacabana, Botafogo, Flamengo e Centro. As inscrições já estão abertas e todo o valor arrecadado será revertido para pesquisas em prol da cura da lesão na medula espinhal.

“A proposta de transformar a vida das pessoas é o que faz dessa corrida tão especial. Ela apoia uma causa que muitas vezes é esquecida. Essa é uma causa da qual não sou apenas embaixador, mas uma pessoa que vive isso diariamente”, afirma Fernando Fernandes, embaixador da Wings for Life World Run no Brasil, campeão mundial e bicampeão sul-americano de canoagem paralímpica, que, em 2009, sofreu um acidente automobilístico, que o deixou paraplégico.
Após edições em Florianópolis, em 2014, e Brasília, em 2015, 2016 e 2017, o Rio de Janeiro se juntará a cidades de outros países como Áustria, Croácia, Suíça e Estados Unidos, que largarão simultaneamente, independentemente do fuso horário.
Ao contrário das corridas convencionais, na Wings For Life World Run é a linha de chegada que persegue os atletas. O chamado “Catcher Car” (carro perseguidor) larga 30 minutos depois dos competidores e vai aumentando a velocidade gradativamente. Conforme for ultrapassando os corredores, eles são eliminados. O último a ser alcançado pelo veículo é o campeão do evento.
Leticia Saltori, campeã em Brasília, sendo alcançada pelo carro. Foto de Fabio Piva/Divulgação
No ano passado, o vencedor global da prova foi o cadeirante sueco Aron Anderson, que percorreu 92,14km, nos Emirados Árabes Unidos, batendo o recorde da competição. O polonês Bartosz Olszewski foi o corredor que atingiu a maior distância, com 88,24 km. Outra conquista polonesa foi a de Dominika Stelmach que, com 68,21km, ganhou o título de vencedora global na categoria feminina. No Brasil, os campeões foram Luiz Leite Barbosa, que foi pego após correr 58,8 km, e Letícia Saltori, que sagrou-se bicampeã nacional com 44km.
“Eu tive um câncer aos 7 anos e, desde então, sou cadeirante. Vencer esta prova, competindo contra mais de cento e cinquenta mil pessoas é a sensação mais especial da minha vida. E ainda mais trabalhar por essa causa que me alimenta o sonho de voltar a andar”, afirmou Anderson após a conquista nos Emirados Árabes Unidos.
Para participar da Wings for Life World Run, basta escolher a cidade em que deseja correr e se inscrever. A inscrição, no valor de R$ 150, dá direito ao kit-corrida, que será composto por lata de Red Bull, camiseta da prova, número de peito e barrinha de cereal. Além disso, os corredores terão direito à medalha e ao certificado de conclusão após o evento. Com R$ 50 a mais, que também serão revertidos às pesquisas da lesão medular, é possível adquirir o kit “premium”, que além dos itens mencionados, também contém viseira, squeeze e lanyard.
Criada em 2014, a Wings for Life World Run já reuniu mais de 435 mil corredores de 193 nacionalidades, que juntos percorreram 4,2 milhões de quilômetros. Desde então, já foram arrecadados € 20,6 milhões, totalmente destinados às pesquisas.

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Sobre Iúri Totti 1379 Artigos
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. "Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer."