Brasil e Argentina ficaram com os títulos do Ironman 70.3, realizado neste domingo (3), no Recreio do Bandeirantes, no Rio de Janeiro, que teve a participação de mais de mil atletas de 23 países. A mineira Patrícia Franco, radicada em São Paulo, foi a mais rápida, garantindo sua segunda vitória na temporada _ em abril, ela venceu a etapa de abertura do circuito, em Florianópolis _, enquanto o argentino Emmanuel Iodice ganhou no masculino pela primeira vez no Brasil.
Patrícia completou os 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21,2km de corrida com o tempo de 4h35m01s, seguida por outras duas brasileiras. Mary Ortega, com 4h45m48s, e Flávia Meyer, com 4h49m04s. Já Iodice completou a prova com o tempo de 4h07m09s, seguido pelos brasileiros Cid Barbosa, com 4h08m44s, e Rodrigo Silveirinha, com 4h12m13s.
Pneu furado não prejudicou a campeã
A etapa carioca do Circuito IRONMAN 70.3 no Brasil aconteceu em um dia de muito sol e temperatura alta, deixando ainda mais belo o cenário da competição. Por outro lado, o calor e o percurso técnico tornaram a briga pelo primeiro lugar ainda mais emocionante e dura.
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Atravessando excelente momento, Patrícia Franco confirmou a condição de favorita entre as mulheres. Nem mesmo o fato de ter um pneu furado no ciclismo acabou impedindo a triatleta do somar mais um importante título na carreira. Ela fez o reparo no pneu e simplesmente fulminou as adversárias na corrida para cruzar em primeiro lugar no geral, com vantagem de mais de dez minutos em relação à vice-campeã.
“Competir no Rio é incrível. Essa atmosfera contagia e mostra porque é a Cidade Maravilhosa. Não nadei bem, pois sei que posso fazer muito melhor. Depois furou o pneu da bike, mas o reparo da equipe de organização foi muito rápido, o resultado na corrida foi extremamente positivo. No todo, gostei muito do desempenho, mas estou certa que poderia ter ido ainda melhor e isso anima muito”, declarou a campeã.
Argentina vence pela primeira vez entre os homens no Rio
A sexta edição do Ironman 70.3 apresentou um país novo no topo do pódio masculino. Pela primeira vez, um argentino foi o primeiro colocado. A jornada do triatleta não foi fácil. Num comparativo com o segundo colocado, ele foi mais lento na natação e no ciclismo, mas conseguiu o melhor tempo da corrida e uma vantagem de quase quatro minutos, assegurando o primeiro lugar.
Iodice estava emocionado com a conquista, que teve um sabor especial. “Prova muito boa e um percurso muito rápido, com exceção da serra. A corrida pela orla é muito linda e, apesar do calor, consegui um ótimo tempo. É muito bom vencer, mas esse primeiro lugar foi uma revanche para mim. Nas duas outras vezes que competi no Brasil deixe escapar no final, mas desta vez não diminui o ritmo até cruzar a linha de chegada”.
Já o potiguar Cid Barbosa avaliou sua apresentação como bastante positiva neste domingo numa prova com nível técnico alto. ”Não esperava nada fácil, mas estou bastante contente. Gosto de correr no Rio e estive aqui em 2017 e agora estou de volta. O importante foi vir e fazer o que treinamos. Outro motivo de alegria é poder competir em um mesmo evento com meus alunos”, afirmou o atleta, que foi campeão do Ironman 70.3 Maceió em 2018 e vice-campeão em Florianópolis neste ano.
A etapa distribuiu 45 vagas, divididas pelas diversas categorias, para o Ironman 70.3 World Championship 2022, programado para os dias 28 e 29 de outubro, em St. George, no estado de Utah (EUA). Depois da abertura do circuito na capital catarinense e da prova no Rio de Janeiro, Maceió, no dia 7 de agosto, São Paulo, em 11 de setembro, e Fortaleza, em 6 de novembro, também receberão o Ironman 70.3.
Resultados do Ironman 70.3 Rio de Janeiro 2022
Masculino: 1. Emmanuel Iodice (ARG), em 4h07m09s; 2. Cid Barbosa (BRA), em 4h08m44s; e 3. Rodrigo Silveirinha (BRA), em 4h12m13s.
Feminino: 1. Patrícia Franco (BRA), em 4h35m01s; 2. Mary Ortega (BRA), em 4h45m48s; e 3. Flávia Meyer, em 4h49m04s.
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Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”