A ansiedade é quase a mesma de 1984, véspera da largada da primeira edição da maratona olímpica para as mulheres, em Los Angeles-1984, na pista de atletismo do Santa Monica City College. Amanhã, exatos 32 depois, também às 8h, Eleonora Mendonça, de 68 anos, única brasileira na prova que entrou para a história pela chegada emocionante da suíça Gabriele Andersen, estará participando do Revezamento da Tocha Olímpica na Rua Humaitá, no bairro de mesmo nome, às 8h.
– É uma emoção muito grande que vai ficar marcada na minha vida – afirma Eleonora, que não sabe se vai conseguir dormir por causa da ansiedade. – Quando fui convidada, só fiz uma exigência. Que era correr no dia 5 de agosto, mesma data da maratona feminina de Los Angeles.
Morando em Cape Code, perto de Boston, nos Estados Unidos, mas com um apartamento no Rio, Eleonora, ex-professora de Cambridge, sente-se profundamente honrada com o convite para fazer parte dos Jogos Olímpicos.
“Carregar a tocha nesta sexta-feira (5/8) é a cereja no topo do bolo. É cimentar a data de uma vitória muito importante para as mulheres no atletismo. É muito simbólico”, disse ela à repórter , do Cambridge Chronicle. “É um reconhecimento à minha carreira de atleta.”
Residente em Cambridge de 1973 a 2003, onde foi professora de língua estrangeira por por 20 anos na universidade da cidade, uma das mais conceituadas do mundo, Eleonora tem sido uma força motriz para o atletismo feminino pelo mundo. Além de transformar a maratona olímpica feminina em uma realidade, ela também representou o Brasil na Copa do Mundo de Maratonas em Hiroshima, no Japão, em 1985.
A carreira de Eleonora começou no início de 1970, quando ela estabeleceu recordes para a 1.500m, 3.000m e 10.000 metros no Brasil. Após se mudar para Cambridge, a carioca se juntou à União Sports Cambridge em 1974 e foi uma das principais corredoras da equipe, tanto em pista, na rua e no cross-country. Ela também terminou a Maratona de Boston várias vezes entre as 25 melhores mulheres. Em 1978, foi sétima colocada na Maratona de Nova York.
Além disso, Eleonora tinha três vitórias consecutivas na Mount Washington Road (1976 a a 1978), entrando para o Hall da Fama da prova. Ela é a única mulher a bater o recorde do percurso duas vezes.
Ela disse que começou a incentivar as corridas no Brasil depois de após correr nos Estados Unidos. Percebeu que não havia nada em termos de oportunidades de provas competitivas. Em 1978, ela organizou a primeira corrida de rua no Brasil, aberta a qualquer pessoa interessada. Cerca de 500 pessoas compareceram no Rio de Janeiro. Isso inspirou a organizar outras corridas.
A carreira de Eleonora começou no início de 1970, quando ela estabeleceu recordes para a 1.500m, 3.000m e 10.000 metros no Brasil. Após se mudar para Cambridge, a carioca se juntou à União Sports Cambridge em 1974 e foi uma das principais corredoras da equipe, tanto em pista, na rua e no cross-country. Ela também terminou a Maratona de Boston várias vezes entre as 25 melhores mulheres. Em 1978, foi sétima colocada na Maratona de Nova York.
Além disso, Eleonora tinha três vitórias consecutivas na Mount Washington Road (1976 a a 1978), entrando para o Hall da Fama da prova. Ela é a única mulher a bater o recorde do percurso duas vezes.
Ela disse que começou a incentivar as corridas no Brasil depois de após correr nos Estados Unidos. Percebeu que não havia nada em termos de oportunidades de provas competitivas. Em 1978, ela organizou a primeira corrida de rua no Brasil, aberta a qualquer pessoa interessada. Cerca de 500 pessoas compareceram no Rio de Janeiro. Isso inspirou a organizar outras corridas.
Alguns anos depois, Eleonora organizou uma das maiores corridas para mulheres no mundo, com mais de 5.500 participantes. Agora, em qualquer final de semana pode se ver, no Rio e em outros capitais, provas que atraem multidões.
“É realmente incrível como o movimento da corrida cresceu e explodiu”, disse ela. “Foi muito gratificante testemunhar esta evolução.”
Segundo Eleonora, em 1981, o Comitê Olímpico Internacional aprovou a maratona feminina, os 3.000 metros, e, no ano seguinte, os 10.000 metros. Uma vez que a maratona foi aprovada nos Jogos Olímpicos, ela pensou que poderia ter a chance de representar o Brasil. E ela conseguiu o índice olímpico.
“Foi um momento gratificante para nós, como membros desta organização que pressionou para a inclusão da maratona feminina nas Olimpíadas, ver este resultado positivo”, disse ela.
Após longos anos competindo, os joelhos de Eleonora só permitem que ela corra de de 5km a 6km por dia. “A beleza é você não depender de ninguém. O único equipamento que você precisa é de um bom par de sapatos”, disse ela. “Nenhuma técnica envolvida, apenas um pé depois do outro.”
“É realmente incrível como o movimento da corrida cresceu e explodiu”, disse ela. “Foi muito gratificante testemunhar esta evolução.”
Segundo Eleonora, em 1981, o Comitê Olímpico Internacional aprovou a maratona feminina, os 3.000 metros, e, no ano seguinte, os 10.000 metros. Uma vez que a maratona foi aprovada nos Jogos Olímpicos, ela pensou que poderia ter a chance de representar o Brasil. E ela conseguiu o índice olímpico.
“Foi um momento gratificante para nós, como membros desta organização que pressionou para a inclusão da maratona feminina nas Olimpíadas, ver este resultado positivo”, disse ela.
Após longos anos competindo, os joelhos de Eleonora só permitem que ela corra de de 5km a 6km por dia. “A beleza é você não depender de ninguém. O único equipamento que você precisa é de um bom par de sapatos”, disse ela. “Nenhuma técnica envolvida, apenas um pé depois do outro.”
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”
Bela material !!! Hoje eu fiz o mesmo ‘treinamento’. Andei pela Rua Humaitá carregando a Tocha Olímpica.