Com o objetivo de arrecadar fundos para o desenvolvimento de pesquisas para a cura de lesões na medula espinhal, a Wings For Life World Run chega em sua quarta edição em 2017. Marcada para o dia 7 de maio, a prova acontece, simultaneamente, em 23 países. No Brasil, a capital federal recebe a corrida pela terceira vez, com largada às 8h. As inscrições, no valor de R$ 125, devem ser feitas no site da prova.
Além do apelo social e do fato de ser disputada ao mesmo tempo em 24 cidades pelo mundo, a Wings for Life se diferencia de outras provas por não ter linha de chegada. Os corredores largam e, meia hora depois, um carro perseguidor parte atrás dos atletas, aumentando sua velocidade a cada 30 minutos. Quem for ultrapassado, é eliminado da corrida. O último a ser alcançado é declarado o campeão.
“Eu sou suspeita para falar sobre como a corrida é transformadora em nossas vidas. Entre os meus pedidos para 2017, está, é claro: correr. Correr cada vez mais! E com certeza, participar da Wings For Life World Run está entre minhas metas. Ela nos faz pensar, nos mostra como por meio de um ato simples podemos ajudar o outro e tem uma energia que é inexplicável”, conta Fernanda Maciel, ultramaratonista brasileira que participará pela terceira vez da prova.
O britânico Thomas Payn, campeão da Wings For Life em Brasília, em 2016, com 56,52km
Com inscritos de todo o Brasil e mundo, a Wings For Life World Rua mescla diferentes culturas, sotaques e países de origem. Em 2016, mais de 130 mil pessoas, de 193 nacionalidades, disputaram a corrida. O vencedor foi o italiano Giorgio Calcaterra, ao percorrer 88,44km e ainda assegurar o recorde do evento. No Brasil, os melhores foram o britânico Thomas Payn (56,52 km), na categoria masculina, e Leticia Saltori (51,09 km), entre as mulheres. Ambos ficaram entre os 150 principais competidores do mundo.
A corrida foi criada para apoiar a fundação sem fins lucrativos Wings For Life, que financia projetos de pesquisa sobre lesões na medula espinhal em todo o mundo. O valor arrecadado com as inscrições do evento é completamente revertido a essas pesquisas e, desde 2014, quando a prova começou, já foram arrecadados mais de € 7 milhões (cerca de R$ 28 milhões).
Cidades participantes: Santa Clarita e Sunrise, nos Estados Unidos; Guadalajara, no México; Santiago, no Chile; Munique, na Alemanha; Viena, na Áustria; Zadar, na Croácia; Brastilava, na Eslováquia; Ljubljana, na Eslovênia; Valência, na Espanha; uma cidade na Geórgia, ainda não definida; Milão, na Itália; Stavanger, na Noruega; Breda, na Holanda; Poznan, na Polônia; Cambridge, no Reino Unido; Moscou, na Rússia; Kalmar-Oland, na Suécia; Olten, na Suíça; Pretória, na África do Sul; Melbourne, na Austrália; Dubai, nos Emirados Árabes Unidos; Tainam, em Taiwan; e Izmir, na Turquia.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”