Trinta e três cidades no mundo estarão unidas, no dia 8 de maio, para a terceira edição da Wings For Life World Run, prova que tem por objetivo arrecadar fundos para o desenvolvimento de pesquisas para a cura de lesões na medula óssea. No Brasil, o evento acontecerá novamente em Brasília, com largada às 8h. As inscrições já estão abertas com um custo de US$ 30, e a expectativa dos organizadores é reunir mais de quatro mil corredores, número da edição de 2015. Ao contrário dos formatos tradicionais, em que os atletas correm até linha de chegada, nesta competição é a linha quem encontra os corredores. Um carro perseguidor larga 30 minutos após os corredores e vai aumentando sua velocidade gradativamente, até alcançar o último participante, que será declarado o campeão.
No ano passado, o vencedor no Distrito federal foi o catarinense Juan Pablo de Lima Costa Salazar, após correr 52,61k. No feminino, a campeã foi a austríaca Astrid Kaltenboeck, que havia vencido em 2014, em Verona, na Itália, e escolheu competir na cidade brasileira. O grande vencedor, entre todos os 35 países, foi o etíope Lemawork Ketema, que percorreu 79,9k em pouco mais de cinco horas nas ruas de Lower, na Áustria.
Largada da Wings For Life World Run em Brasília, em 2015. Foto de divulgação
O Wings for Life World Run veio para apoiar a fundação sem fins lucrativos Wings for Life, que financia projetos de pesquisa em medula espinhal em todo o mundo. 100% das taxas de inscrição Wings for Life World Run, assim como todo o patrocínio, vai direto para essas pesquisas. Segundo Anita Gerhardter, CEO do Wings for Life, “O Wings for Life World Run foi um incrível evento esportivo global em seu primeiro ano. Esperamos que ainda mais atletas participem em 2015 e que, mais uma vez, consigamos levantar um valor considerável para a pesquisa em medula espinhal”. Mais de 3 milhões de Euros foram levantados em 2014.
Colin Jackson, conhecido como um dos melhores corredores de obstáculos do mundo, é o Diretor de Esportes Internacional da corrida. “Lesão na medula espinhal pode acontecer com qualquer pessoa. Todo mundo está a um escorregão ou queda de um acidente que pode mudar sua vida. E não há investimento suficiente na pesquisa sobre isso. Precisamos levantar esse dinheiro para que os melhores cientistas do mundo trabalhem nisso e façam diferença na vida das pessoas”, afirmou.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”