Os triatletas paulistas José Belarmino e Fernanda Palma venceram, neste domingo (10/11), a primeira edição do Ironman 70.3 São Paulo, disputado na Cidade Universitária, em São Paulo. Belarmino completou os 1,9km de natação, 90km de ciclismo e 21km de corrida em 3h53m08s, seu recorde pessoal. Já Fernanda concluiu em 4h24m21s.
A prova em São Paulo fechou as cinco etapas do Circuito Ironman 70.3 no país, que reuniu um total de 1.600 triatletas de 14 países.
No masculino, o segundo lugar foi de Daniel Ruman Rodrigues, com 4h02m24s, seguido por Rafael Falsarella, com 4h02m45s. No feminino. a vice-campeã foi Paula Ponte Moreira, com 4h31m47s. Em terceiro ficou Marina Jacob, com 4h37m35s.
Essa foi a terceira vitória de José Belarmino no Circuito. Depois de vencer as etapas de Maceió e Rio de Janeiro, e de ter sido vice-campeão em Fortaleza, o triatleta concluiu a temporada com uma conquista em casa, tornando-se o primeiro campeão do Ironman 70.3 São Paulo.
– O antes da prova foi o mais difícil para mim, pois é muita pressão ser o favorito. Tive que trabalhar bastante a ansiedade – afirmou o campeão. – Competir em casa, nadar na raia da USP é bom demais. E contar com o apoio da torcida, dos meus pais, que dificilmente conseguem acompanhar minhas provas, foi demais.
Campeão se destaca na corrida no Ironman 70.3 São Paulo
Sobre a prova, Belarmino considerou muito técnica:
– Na natação, busquei manter o bom ritmo. Não fui o primeiro a sair da água, mas soube administrar, para estar entre os primeiros. No ciclismo, foi tranquilo, liderei a partir de Km 45, por cerca de 15 quilômetros, e depois outros concorrentes chegaram, e revezamos na ponta. Mas aí veio a corrida, e quando eu coloquei os pés no chão sabia que tinha muitas chances. Fiquei grande parte do percurso na liderança e abri boa distância. E,no final, ver o pessoal me incentivando foi muito bom e tive que focar para não me emocionar – contou o campeão.
Fernanda Palma também também estava feliz pelo conquista em casa:
– É muito bom ter um evento de grandes distâncias em São Paulo, cidade que mais mandou atleta ao Mundial do Havaí, no mês passado. Estou muito feliz em ser a primeira vencedora de uma baita prova como essa.
Campeã tem problemas na bicicleta
Para a campeã, a prova ser totalmente plana aumenta o desgaste dos triatletas.
– As pessoas acham que prova plana é mais fácil. Porém, como ela é rápida, não há descanso. Você está sempre forçando, andando forte – avalia Fernanda. – Fiz uma boa natação, mas no ciclismo tive um problema no eixo da bicicleta na Ponte Estaiada. Perdi uns três minutos tentando resolver. Quando solucionei, fui buscar o tempo perdido. Sem contar que é uma prova gostosa, a temperatura estava boa e pedalar na Marginal Pinheiros, onde passamos de carro a 90km/h, é um prazer, porque podemos olhar a cidade de um jeito diferente. Na corrida, comecei com câimbra, mas aos poucos fui alongando, tomando água, e passou. E aí eu voltei a forçar o ritmo. Estou muito feliz.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”