A Maratona do Rio vai ganhar as telinhas. A organização do evento anunciou, na última quinta-feira (1º de junho), em coletiva em um hotel no Arpoador, na Zona Sul, que a prova neste domingo (11), será transmitida com exclusividade pelo canal por assinatura ESPN e pelo de streaming Star+, a partir das 5h.
“É uma maior divulgação da prova, que motiva aquele corredor que não está participando da prova e também desperta naqueles que não estavam pensando em correr no rio a vontade de estar aqui no ano que vem”, afirma João Traven, diretor da Maratona do Rio. “Além disso, vai mostrar que correr no Rio é correr cercado pelas belezas naturais e arquitetônicas da cidade, coisas sem igual no mundo”.
Mais de 40 mil atletas inscritos nas provas da Maratona do Rio
A transmissão da prova em uma das principais emissoras de esportes mostra a potência da Maratona do Rio. Um dos sinais dessa força foi o encerramento, em janeiro, das inscrições para os 42km, 21km e Desafio Cidade Maravilhosa (42km + 21km). O crescimento no número de inscritos também é um demonstrativo da força de uma das mais antigas maratonas do Brasil. Em sua primeira edição, em 2003, foram mil inscritos, e, em 2023, em sua 21ª, são mais de 40 mil atletas. Eles estão distribuídos assim: 5.700 nos 5km; 6.500 nos 10km; 18 mil nos 21km; 9.800 nos 42km; e 1.902 no Desafio. Este ano, o corredor mais velho tem 83 anos e o mais novo, 14. Do total de competidores deste ano, 67% são de fora do Rio.
A prova promove um impacto econômico de R$ 75,15 milhões na cidade. São gerados 2,04 mil postos de emprego, sendo 1,05 mil diretos (52%) e 990 indiretos (48%). O público estimado é de 80 mil pessoas, com 48 mil locais e 32 mil turistas.
Edição de 2023 terá a maior premiação da história
A edição deste ano vai ter a maior premiação de sua história, com R$ 310 mil. A elite masculina dos 42km terá 18 atletas no masculino e cinco no feminino. Na meia, o pelotão principal será formado por 32 homens e 17 mulheres.
No ano passado, o brasileiro Justino Pedro da Silva conquistou o bicampeonato da prova, com o tempo de 2h16m02s, seguido pelo também brasileiro Edson Arruda dos Santos, com 2h16min14s, e pelo etíope Tilahum Nigussie, com 2h16m27s. No feminino, a vitória foi da etíope Kebebush Yisma, com 2h34m33s, que superou o recorde da queniana Thabita Kibet, de 2h34m41s, de 2012. A também etíope Yadeni Alemayehu terminou em segundo lugar, com 2h37m56s. A terceira colocada foi a brasileira Rejane Ester Bispo, com 2h47m16s.
Na Meia Maratona, Daniel Nascimento bateu o recorde da prova, com 1h01m04s. Ele retorna este ano com o objetivo de superar a marca do ano passado. O queniano Micah Kipkosgei Chemweno ficou em segundo lugar, com 1h04m51s, seguido pelo também brasileiro Robson Pereira de Lima, com 1h08m14s. No feminino, a campeã foi Amanda Aparecida de Oliveira, com 1h18m29s, com Larissa Marcelle Quintão em segundo lugar, com 1h19m55s, seguida por Jaciane Barroso de Jesus, com 1h22m25s.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”