Campeão das maratonas de Nova York, em 2015, e de Paris, em 2012, o queniano Stanley Biwott venceu, neste domingo (18/8), a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Em sua estreia na prova, ele completou o percurso entre o Leblon e o Aterro do Flamengo, com passagem pelo Centro, em 1h01m49s, o sexto melhor tempo das 23 edições realizadas e a 14ª vitória queniana. O recorde é do também queniano Geoffrey Mutai, com 59m57s, em 2013.
A segunda colocação no masculino foi do ugandês Fred Musobo, com 1h03m14s, seguido pela também queniano William Sitonik, com 1h04m30s. O brasileiro Giovani dos Santos, campeão da Maratona do Rio deste ano, ficou em quatro lugar, com 1h04m42s. Em quinto lugar ficou o tanzaniano Marco Joseph Marco, com 1h04m52s. O recorde da prova é da queniana Paskalia Chepkorir, com 1h07m17s, em 2012.
No feminino, a vitória também foi queniana. Com o tempo de 1h16m52s, Esther Kakuri garantiu o tricampeonato na competição. O segundo lugar foi da ugandesa Viola Chemos, em 1h17m25s, seguida pela etíope Tseginesh Legesse, em 1h17m32s; e pelas brasileiras Rejane Ester da Silva, em 1h18m25s; e Kleidiane Barbosa Jardim, em 1h18m43s.
Meia Maratona do Rio tem disputa acirrada entre estrangeiros
Stanley Biwott travou um duelo com o ugandense Fred Musobo e o compatriota William Sitonik até os 15 quilômetros da prova. A partir daí, Stanley passou a imprimir um ritmo mais forte, abriu vantagem sobre seus adversários e cruzou a linha de chegada com o tempo de 1h01m49s.
– A parte final da prova é bem desgastante por conta das inúmeras curvas do percurso, o que quebra um pouco o ritmo – disse Stanley, de 33 anos, que disputou a maratona dos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, mas não a completou.
Giovani dos Santos satisfeito com quarto lugar
A dificuldade de ritmo foi fruto das mudanças no percurso necessárias em razão da interdição, desde maio, da Avenida Niemeyer, por causa do risco de desabamento da encosta. Por isso a largada teve que ser transferida pela primeira vez de seu local de origem, em São Conrado, para o Leblon.
– Quase deu para buscar a terceira colocação. Talvez tenha faltado um pouco mais de velocidade. Com as alterações no local de largada, o percurso ficou mais rápido. Mas foi um dia de muito vento, o que desgasta bastante – afirmou Giovani dos Santos. – A prova, para mim, foi especialmente difícil por conta de um resfriado desde quarta-feira. Por isso posso considerar o resultado muito bom.
Tricampeã já pensa no título de 2020
Pela terceira vez na Meia Maratona do Rio, a queniana Esther Kakuri, de 25 anos, melhorou seu tempo de 2018 em 1m50s e garantiu o tricampeonato com o tempo de 1h16m52s.
– É muito importante manter essa regularidade em uma prova. Estou feliz e já com planos de voltar ano que vem. Sempre venho preparada para dar o meu melhor – comentou a corredora, que terá como próximo desafio a Meia Maratona de Buenos Aires, no próximo domingo, prova na qual foi terceira colocada em 2018. – Dessa vez sigo para a Argentina para melhorar meu resultado.
Já a carioca Rejane Ester da Silva comemorou seus 35 anos, completados no último dia 11, fazendo uma prova de superação.
– Treinei muito para essa disputa, mas ontem (sábado) meu calcanhar direito inchou. Acordei chorando, quase não vim, mas minha família me deu muita força para não desistir. Nem sabia se iria conseguir completar a prova. Só tenho a agradecer a Deus – afirmou. – É uma prova muito forte. Na última vez parei no meio, não aguentei, mas, apesar de toda a adversidade, agora eu consegui estar no pódio.
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Resultados da Meia Maratona do Rio 2019
Masculino: 1) Stanley Biwott (QUE), em 1h01m49s; 2) Fred Musobo (UGA), em 1h03m14s; 3) William Sitonik (QUE), em 1h04m30s; 4) Giovani dos Santos (BRA), em 1h04m42s; e 5) Marco Joseph Marco (TAN), em 1h04m52s.
Feminino: 1) Esther Chesang Kakuri (QUE), em 1h16m52s; 2) Viola Chemos (UGA), em 1h17m25s; 3) Tseginesh Legesse (ETH), 1h17m32s; 4) Rejane Ester da Silva (BRA), em 1h18m25s; e 5) Kleidiane Barbosa Jardim (BRA), em 1h18m43s.
Campeões
- 2019 – Stanley Biwott (QUE), 1h01m49s / Esther Kakuri (QUE), 1h16m52s;
- 2018 – Paul Kipkorir (QUE), 1h05m02s / Esther Kakuri (QUE), 1h18m42s;
- 2017 – José Márcio Leão (BRA), 1h04m18s / Esther Kakuri (QUE) 1h14m44s;
- 2016 – Giovani dos Santos (BRA), 1h04m47s / Joziane Cardoso (BRA), 1h17m58s;
- 2015 – Edwin Kipsang Rotich (QUE), 1h02m25s / Nancy Kiprop (QUE), 1h12m37s;
- 2014 – Leul Aleme (ETH), 1h03m44s / Nancy Kiprop (QUE), 1h13m13s;
- 2013 – Geoffrey Mutai (QUE), 59m57s / Nancy Kiprop (QUE), 1h11m52s;
- 2012 – Wilson Erupe (QUE), 1h01m46s / Paskalia Chepkorir (QUE), 1h07m17s;
- 2011 – Mark Korir (QUE), 1h01m33s / Eunice Kirwa (QUE), 1h10m29s;
- 2010 – Joshua Kemei (QUE), 1h04m02s / Eunice Kirwa (QUE), 1h14m37s;
- 2009 – Elias Kemboi (QUE), 1h02m51s / Eunice Kirwa (QUE), 1h14m07s;
- 2008 – Marilson Gomes (BRA), 1h03m12s / Maria Zeferina Baldaia (BRA) 1h13m40s;
- 2008 – Zersenay Tadese (ERI), 59m56s / Lornah Kiplaga (HOL), 1h08m37s;
- 2007 – Franck Caldeira (BRA), 1h03m07s / Ednalva Laureano (BRA), 1h12m15s;
- 2006 – Franck Caldeira (BRA), 1h03m26s / Marizete Rezende (BRA), 1h14m23s;
- 2005 – Biwott Kipkosqei (QUE), 1h02m48s / Sirlene Pinho (BRA), 1h14m21s;
- 2004 – John Gwako (QUE), 1h02m11s / Rita Jeptoo (QUE), 1h14m25s;
- 2003 – Philip Rugut (QUE), 1h03m44s / Anne Jelagat (QUE), 1h14m53s;
- 2002 – Philip Rugut (QUE), 1h03m03s / Anne Jelagat (QUE), 1h13m49s;
- 2001 – João Baptista N’Tyamba (ANG), 1h03m31s / Selma dos Reis (BRA), 1h15m02s;
- 2000 – John Gwako (QUE), 1h01m48s / Margaret Okayo (QUE), 1h11m22s*;
- 1999 – Luiz A. dos Santos (BRA), 1h03m40s / Margaret Okayo (QUE), 1h12m07s;
- 1998 – John Gwako (QUE), 1h01m49s / Martha Tenório (EQU), 1h11m40s;
- 1997 – Tomix da Costa (BRA), 1h04m04s / Ornela Ferraro (ITA), 1h14m53s.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”