Campeã no triathlon na Rio-2016 quer estar em Paris-2024

Após se aposentar, a americana Gwen Jorgensen, triatleta campeã olímpica na Rio-2016, anuncia volta às competições. (Divulgação)
Após se aposentar, a americana Gwen Jorgensen, triatleta campeã olímpica na Rio-2016, anuncia volta às competições. (Divulgação)

Campeã nos Jogos Olímpicos Rio-2016, Gwen Jorgensen surpreendeu ao anunciar, na semana passada, seu retorno ao triathlon nas Olimpíadas de Paris, em 2024. Desta vez, a americana quer participar do revezamento por equipes mistas.

A americana é uma lenda do esporte. Ela se tornou campeã mundial de triathlon da International Triathlon Union (ITU), em 2014 e 2015. E seu título olímpico foi a primeira medalha de ouro no triathlon para os Estados Unidos.

Gwen se aposentou do triathlon em 2017 para tentar competir na maratona olímpica

Gwen anunciou sua aposentadoria no triathlon no final de 2017. Ela passou, então, a se dedicar à maratona, com foco na prova olímpica de Tóqio, em 2021, mas algumas lesões a prejudicaram. Recentemente, ela foi mãe de seu segundo filho.

“Estou emocionada em anunciar meu retorno ao tapete azul. Tenho que voltar à forma e estou ansiosa pelo trabalho que tenho pela frente”, escreveu ela em sua conta no Instagram. “A medalha de prata do revezamento da equipe mista americana em Tóquio me inspirou e quero contribuir para essa equipe em 2024. Acredito que a equipe dos Estados Unidos pode estar um passo à frente em Paris!”

Gwen acrescenta que “como mãe de dois filhos e apoiadora de longa data do triathlon nos Estados Unidos, eu me esforço para dar um exemplo que motive e inspire minha família, mães em todos os lugares e a equipe americana.”

A World Triathlon respondeu imediatamente à notícia, dizendo que “estamos entusiasmados em recebê-la de volta no tapete azul, Gwen Jorgensen.”

Prata dos EUA no revezamento misto entusiasmou Gwen

No YouTube, Gwen afirmou que “estou voltando para o World Triathlon _ novo nome da ITU _ mas o que estou realmente me anima é revezamento misto, prova que não existia nas Olimpíadas de 2016. Isso é o que realmente está me motivando em voltar ao triathlon. As Olimpíadas estão chegando muito rápido e o cronograma é super curto”.

A americana avalia que sua trajetória até as Olimpíadas serão difícil.

“Há um evento de qualificação em agosto de 2023 e, para mim, chegar à linha de largada vai ser super difícil, então provavelmente serei forçada a me preparar mais cedo do que gostaria, mas… só tenho que me dedicar e iniciar a preparação.”

Os Estados Unidos podem classificar três mulheres para as Olimpíadas. As duas principais concorrentes de Gwen são Taylor Knibb e Taylor Spivey, consideradas favoritas. Gwen terá que disputar o individual para ser a terceira da equipe de revezamento mistas, que conta com duas mulheres e dois homens.

“Ter filhos não significa que sua carreira acabou”

Ela fala francamente sobre os aspectos práticos de cuidar de seus dois filhos enquanto se adapta ao treinamento e explica que uma babá a ajudará nesse processo.

“Eu sempre pensei que não poderia ser mãe e atleta ao mesmo tempo, mas foram outras mulheres que realmente me inspiraram e me deixaram saber que eu posso fazer as duas coisas. A Nicola Spirig foi provavelmente a maior motivadora para mim. Ela ganhou a prata nas Olimpíadas de 2016 depois de ter um filho. Depois ela ainda teve mais dois filhos, voltou a competir e foi para as Olimpíadas de Tóquio. Ela foi uma grande motivadora, mostrando-me que ter filhos não significa que sua carreira acabou.” (Iúri Totti)

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Sobre Iúri Totti 1379 Artigos
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. "Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer."