Corrida Movimento pela Mulher terá sua segunda edição em SP

Com o objetivo de levar mulheres e homens a refletir e discutir temas como empoderamento, igualdade e justiça e conscientizar a sociedade e o poder público sobre a violência contra a mulher, um grave problema social, acontecerá, no dia 20 de março, a segunda edição da Corrida Movimento pela Mulher acontecerá no dia 20 de março, na região do Ibirapuera, em São Paulo, com largada às 7h.

Pensado para envolver todas as pessoas, independente de gênero, idade, aptidão e nível esportivo, o evento oferece corrida com as distâncias de 5K e 10K, além de uma caminhada de 5K. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 16 de março ou término das vagas disponíveis, no valor de R$ 80 (idoso R$ 40), sendo que R$ 10 será revertido para ONGs e associações parceiras que dedicam suas atividades para o fim da violência contra a mulher e empoderamento feminino, como Instituo Maria da Penha, Associação Artemis, Projeto Vida Corrida, Geledés – Instituto da Mulher Negra e União de Mulheres de São Paulo.
Idealizado pela promotora de justiça Gabriela Manssur em parceria com Deborah Aquino (do Blog da Debs) e Paula Narvaez (do blog Corre Paula), esse movimento vem de encontro aos projetos Eles por Elas e Por um Planeta 50/50 em 2030, que visa assegurar a igualdade de direitos entre homens e mulheres.
– A igualdade de gênero não é uma luta só das mulheres, mas também dos homens, que podem e devem abraçar a causa. Não dá para falar em sustentabilidade sem abordar temas como qualidade de vida, igualdade de gênero em todos os setores da sociedade e uma vida livre de qualquer tipo de violência para meninas e mulheres – diz Gabriela.

As organizadoras da Corrida Movimento pela Mulher: Paula Narvaez (à esquerda), Gabriela Manssur e Deborah Aquino. Foto de divulgação

No ano passado, a corrida reuniu cerca de 2.000 participantes e a  expectativa é que a edição deste ano supere essa marca. Para isso, além da chancela da organizadora Latin Sports, o kit do corredor será especial: camiseta dry fit laranja (cor que representa a luta da violência contra a mulher), sacola esportiva, canelito, meia personalizada e muitos mimos.

Largada da primeira edição da Corrida Movimento pela Mulher, no ano passado, em São Paulo. Foto de divulgação

Gabriela Manssur, promotora de justiça (atua no enfrentamento à violência contra a mulher), palestrante e maratonista (indo para sua segunda experiência nos 42K), acredita na força do esporte para transformar o mundo:
– Por que não trazer o empoderamento por meio do esporte para o maior número possível de mulheres? Incentivá-las a praticar atividades físicas e adotar um estilo saudável contribui muito para a prevenção e erradicação da violência. Elas adquirem saúde, força, autoestima, respeito ao próprio corpo e amor à vida.
Debs Aquino, palestrante, positive coach, escritora (autora do livro “Num Piscar de Olhos”) e maratonista (com quatro provas), traz muito do esporte para seu dia a dia:
– Tenho certeza que o esporte é um meio de empoderamento feminino muito forte. Com o Movimento Pela Mulher conseguimos unir homens e mulheres em torno de um assunto tão polêmico de forma leve e, ao mesmo tempo, colocar em discussão tudo que existe por trás da violência contra a mulher: elas ganham força para dizer não!
Paula Narvaez, profissional de marketing, criadora do primeiro blog de corrida para mulheres, o Corre Paula, vê a corrida como uma grande ferramenta para se fortalecer física e mentalmente. Já correu duas maratonas, uma ultra, e acredita que a melhor forma de acabar com a desigualdade entre os gêneros é aprender a andar (ou correr) lado a lado.

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Sobre Iúri Totti 1379 Artigos
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. "Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer."