Os Estados Unidos dominaram o Ironman Brasil, em Florianópolis, neste domingo (26/5). Os americanos Andrew Potts e Sarah Pampiano venceram a principal prova de triathlon do país. Entre profissionais e amadores, cerca de 1.500 atletas, de 38 países, participaram da competição.
Vice no ano passado, Sarah venceu este ano com direito a recorde. Ela fechou os 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km em 8h40m48s. Com este resultado, Sarah superou a marca que, anteriormente, pertencia a britânica Susie Cheetham, com 8h52min00s, obtida em 2017.
Duas brasileiras no pódio
Capixaba radicada em Balneário Camboriú (SC), Pâmella Oliveira, que fez sua estreia na distância, terminou em segundo lugar, com o tempo de 9h03m46s. Em terceiro lugar ficou a também brasileira Bruna Mahn, com 9h16m55s.
Os Estados Unidos dominaram o Ironman a partir do masculino. Potts, de 43 anos, completou a prova em 8h02m57s. Em segundo lugar ficou o britânico William Clarke, com 8h06m30s. Em terceiro lugar ficou o brasileiro Frank Silvestrin, com o tempo de 8h10m19s. Como resultado, o gaúcho garantiu ainda sua inédita vaga para a final do Mundial Ironman, em Kona, no Havaí, em outubro. O catarinense Igor Amorelli, campeão em 2014 e vice em 2018, terminou em 17º.
Liderança a partir do ciclismo
Sarah chegou para o Ironman Brasil 2019 muito bem. Afinal, no ano passado, ela obteve nove títulos da modalidade, além de um segundo lugar. Na prova deste domingo, a triatleta ficou entre as primeiras na natação. Posteriormente, no ciclismo, ela assumiu a ponta perto do Km 90. Com ritmo forte, a americana assegurou sua décima conquista da carreira em Florianópolis, e, dessa forma, o quinto melhor tempo da história do triathlon feminino.
“A atmosfera aqui é muito boa e, além disso, o clima estava perfeito. Essa é a minha melhor marca da carreira. Foi um dia incrível e poder vencer aqui, ainda mais com todo esse público apoiando. Então isso torna o momento ainda mais especial”, afirmou a campeã, de 39 anos.
Pâmella festeja resultado
Pâmella, bicampeã do Ironman 70.3 Florianópolis, em abril, era só felicidade. “Estou feliz com a minha estreia e, certamente, com o resultado”, comemora ela. “Gostaria de ter baixado de nove horas, entretanto, para a primeira vez, está excelente. Sei que tenho alguns pontos para melhorar e isso me motiva. Dessa forma, vou buscar melhores resultados”.
Como foi o Ironman Brasil 2018
O experiente e incrível Potts
Os Estados Unidos dominaram também no masculino. Um dos grandes nomes do triatlo mundial, sete vezes top ten em Kona, brilhou em sua primeira participação no Brasil. Ele fez uma disputa acirrada com Igor Amorelli e William Clarke. O americano assumiu a liderança no Km 160 do ciclismo e, assim, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar.
“Que lugar fantástico para correr! Foi uma prova excelente, assim como o público, porque incentiva o tempo inteiro. É incrível correr com tantas pessoas apoiando e, desse modo, entendendo o verdadeiro espírito do Ironman. Além disso, sinto-me honrado em vencer essa prova”, afirmou o americano. “Competir no Iron é sempre uma experiência única. Você pode largar a mesma prova vinte vezes e, certamente, serão vinte momentos diferentes. A gente nunca sabe como será a corrida até terminar”.
Vaga inédita em Kona
Silvestrin comemorou antecipado o aniversário, pois completou 37 anos nesta segunda-feira, com um excelente desempenho. Além de um lugar no pódio, ele pode comemorar a vaga para Kona. “Estou muito feliz em representar o Rio Grande do Sul. Sabia que alguma coisa boa iria acontecer. Estrear em Kona será tudo de bom”, comentou.
Resultados 2019 – Elite
Masculino: 1. Andrew Potts (EUA), em 8h02m57s; 2. William Clarke (GBR), em 8h06m30s; e 3. Frank Silvestrin (BRA), em 8h10m19s.
Feminino: 1. Sarah Piampiano (EUA), em 8h40m48s; 2. Pâmella Oliveira (BRA), em 9h03m46s; e 3. Bruna Mahn (BRA), em 9h16m55s.
Mais resultados em: www.ironmanbrasil.com.br
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”
