Franck Caldeira e Marizete Moreira são esperanças brasileiras de pódio na 23ª Maratona Internacional de São Paulo

Corredores da Maratona Internacional de São Paulo passam pelo Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera. Foto de Marcos Viana Pinguim
Corredores da Maratona Internacional de São Paulo passam pelo Monumento às Bandeiras, no Parque do Ibirapuera. Foto de Marcos Viana Pinguim

Há cinco anos sem ter um brasileiro no alto do pódio da Maratona Internacional de São Paulo, quando Solonei da Silva foi o campeão, o mineiro Franck Caldeira, primeiro colocado na prova de 2004, é a esperança de ter um corredor do Brasil como o melhor maratonista pelas ruas da capital paulista. A tarefa do veterano, de 34 anos, não será fácil, pois os africanos estão fortes. O atual campeão, o queniano Paul Koech Kimutai, vice na 18ª Volta Internacional da Pampulha, no ano passado, e seus compatriotas Josphat Kipkemboi Ronoh, campeão da Maratona de Tel Aviv em 2016; e Elijah Kemboi, vice na Maratona Internacional do Rio em 2015, são os rivais a serem superados por Caldeira, tricampeão da Volta Internacional da Pampulha (2003/06/07), campeão da Corrida Internacional de São Silvestre, da Meia Maratona das Cataratas (2011) e  ouro na maratona Pan-Americana de 2007, no Rio.  Para ditar o ritmo da prova estarão os “coelhos” Daniel Kiprotich (Quênia), vencedor da Meia Maratona Internacional de São Paulo deste ano, e Workiye Wosenu (Etiópia), que tem o tempo de 1h02m48s para os 21km.
Os outros brasileiros que estão no pelotão de elite são Wellington Bezerra da Silva, bicampeão brasileiro de corridas de rua e oitavo na última São Silvestre; Edmilson Santana, terceiro na Dez Milhas Garoto e quarto na Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro do ano passado; e Gilmar Silvestre Lopes, campeão da Copa Brasil de Cross Country e quarto na Corrida de São Sebastião, ambas em 2017.
No feminino, o jejum de títulos brasileiros é dura mais tempo. Em 2010, Marizete Moreira foi bicampeã (repetindo o feito de 2009) e, neste ano, ela volta a ser a maratonista com mais chances de vencer. O time de elite de mulheres do Brasil terá ainda Viviane Figueiredo, primeira colocada da Corrida de São Sebastião, quarta na Dez Milhas Garoto 2016; Simone Ferras, quinta colocada na Maratona de São Paulo e terceira da Maratona de Foz do Iguaçu, ambas em 2016; e Dione D´Agostini Chillemi, quarta da Maratona de Foz do Iguaçu 2016.
O pelotão feminino de estrangeiros terá como destaques as quenianas Leah Jerotich, terceira colocada ma Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro de 2016; Priscilla Lorchima, campeã da Maratona do Paraguai no ano passado; Josephine Jerotich, que tem 1h07m32s na meia maratona; e Christine Chepkemei, que fez 1h07m06s na Meia Maratona de Montenegro, em 2015.
A largada será a partir das 6h50m, com a Elite feminino, vindo depois, às 7h15m, a categoria Cadeirantes, e às 7h28m, Elite masculino e pelotão geral, Premium e Atletas com deficiência. Haverá também as distâncias de 24km, 8km e 4km.
Assim como aconteceu na Meia Maratona de São Paulo, a Maratona Internacional de São Paulo terá dinâmicas para tentar coibir a presença de “pipocas”, como o controle de acesso mais rigoroso, intensa comunicação pelas redes sociais, comunicação estática ao longo do percurso, destacando que os serviços são para o corredor devidamente inscrito, e as demais ações que foram colocadas em prática na Meia.
Resultados da 22ª Maratona Internacional de São Paulo
Masculino: 1) Paul Kimutai (Quênia), 2h17m14s; 2) Giovani dos Santos (Brasil), 2h17m23s; 3) Gilberto Silvestre Lopes (Brasil), 2h19m43s; 4) Robert Kipchumba (Quênia), 2h20m09s; e 5) Vagner da Silva Noronha (Brasil), 2h24m35s.
Feminino: 1) Alice Kibor (Quênia), 2h35m56s; 2) Jane Jelagat Seurey (Quênia), 2h38m37s;
3) Carolyne Komen (Quênia), 2h38m48s; 4) Marizete Moreira dos Santos (Brasil), 2h51m55s; e 5) Simone Ponte Ferraz (Brasil), 2h57m54s.
Recordes da Maratona de São Paulo:  Vanderlei de Lima (BRA), 2h11m19s , em 2002; e Rumokol Chepkanan (QUE), 2h31m31s, em 2002.

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Sobre Iúri Totti 1379 Artigos
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. "Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer."