A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) convocou três homens e duas mulheres para disputar o Campeonato Mundial de Meia Maratona, no dia 17 de outubro, em Gdynia, na Polônia. O evento, inicialmente previsto para o dia 29 de março, foi adiado por causa da pandemia da Covid-19.
No masculino, foram chamados Ederson Vilela Pereira (Pinheiros), Daniel Ferreira do Nascimento (ABDA) e Gilmar Silvestre Lopes (Cruzeiro/Caixa). Valdilene dos Santos Silva e Andreia Aparecida Hessel (ambas do Pinheiros) serão as representantes brasileiras.
Todos os atletas alcançaram os índices fixados pelos critérios de convocação estabelecidos pelo Conselho Técnico da CBAt. Foram convocados também o treinador Claudio Roberto de Castilho (SP), o médico André Luís Lugnani de Andrade (CBAt) e o fisioterapeuta Ricardo Zacharias de Souza (CBAt).
Mundial de Meia Maratona tem rigoroso protocolo sanitário
Todos os integrantes da delegação brasileira deverão atender às determinações previstas nos protocolos inseridos nas Políticas de Saúde Pública da Polônia.
O uso da máscara é obrigatório em todos os locais públicos para toda a equipe. Ela pode ser retirada também no percurso da corrida, aquecimento e áreas de treinamento (deve ser usada enquanto se dirige a esses locais e nas áreas do hotel).
A CBAt irá fornecer as máscaras a partir do trecho internacional da viagem. Deve ser evitado contato com qualquer indivíduo que não esteja credenciado ou diretamente envolvido com a organização do evento.
Há também o Protocolo de Liberação Médica, que consiste em dois estágios. Todas as equipes participantes do Mundial deverão cumpri-los. Antes da viagem para Gdynia, os atletas vão realizar, entre esta quinta-feira (8) e a próxima quarta-feira (14), consulta com médico para aferição de sintomas da Covid-19. Entre os dias 9 e 14, eles vão fazer exames PCR.
Antes da pandemia, 27 mil inscritos. Na pandemia, só elite vai correr
Na chegada ao hotel oficial da competição em Gdynia, o Departamento Médico do Comitê Organizador, em conjunto com o responsável médico da World Athletics, vai realizar um segundo exame PCR em todos os membros da equipe. Todos deverão se manter isolados em seus quartos até receberem os resultados dos testes. Qualquer infração está sujeita à proibição de participar da competição. O credenciamento do atleta só será realizado após o resultado negativo.
“O protocolo é complexo, mas necessário. Temos de garantir que estamos todos saudáveis”, disse o treinador Claudio Castilho. “Os atletas estão desde o começo do ano sem competir e devem sentir a falta de ritmo. Por isso, eles vão participar da etapa do Torneio FPA, no dia 13, em Bragança Paulista (SP).”
Amadores inscritos vão participar de prova virtual
O Mundial de Meia Maratona tinha, em março, cerca de 27 mil participantes, mas em função da pandemia os amadores foram retirados do evento. Com isso, apenas para os corredores de elite, como aconteceu com a as maratona de Tóquio e Londres.
“Acho que mesmo com a falta de ritmo, os atletas vão se superar, pois não tem ninguém contundido. O Mundial é extremamente importante para a preparação do grupo, que pretende correr a Maratona de Valência, na Espanha, no 6 de dezembro. O grande objetivo é a obtenção do índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio”, completou o treinador.
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Os organizadores da competição ofereceram aos atletas amadores inscritos a oportunidade de participação virtual no evento. Os que aceitarem o convite receberão o kit, com número de peito, camiseta oficial, mochila e a medalha de conclusão da corrida.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”