A Maratona de Londres, marcada para 4 de outubro, está tomando rigorosas medidas de segurança para proteger os corredores de elite da pandemia do novo coronavírus.
“É nosso dever e responsabilidade garantir que este evento seja realizado em um ambiente seguro e protegido”, disse Hugh Brasher, diretor do evento da Maratona de Londres. “Vimos outros exemplos e aprendemos com outros esportes que voltaram à ação conforme desenvolvíamos nossos planos detalhados para esta bolha de biossegurança em torno do evento.”
Para entrar na bolha da biossegurança, os atletas serão obrigados a fazer o teste para Covid-19 em seu país de origem quatro dias antes da viagem para Londres.
Testes diários antes da Maratona de Londres
Ao chegarem ao hotel reservado especialmente para eles na capital inglesa, todos serão testados diariamente até a sexta-feira anterior ao evento. No hotel estarão, além dos corredores, equipe de apoio e oficiais de corrida, respeitando o distanciamento social e uso constante de máscaras. A exceção será nos treinos, na alimentação e em seus quartos individuais.
“Ao encontrar um hotel exclusivo e implementar medidas de teste, higiene e segurança rígidas para proteger a bolha, estamos confiantes de que criamos o ambiente mais seguro possível para todos”, disse Brasher.
Percurso fechado e sem público
A prova será realizada em um percurso fechado ao redor do Parque St. James. Os corredores vão dar 19 voltas de 2,15km cada e mais 1.345 metros extras para a linha de chegada.
Para manter a competição segura, não será permitida a presença de nenhum espectador no percurso.
A Maratona de Londres, originalmente programada para ocorrer em abril, é a única das maratonas que formam a World Marathon Majors (WMM) a ocorrer desde que o coronavírus foi declarado uma pandemia global em 11 de março.
A Maratona de Tóquio, que também contou somente com a presença de atletas de elite foi realizada no dia 1º de março. As maratonas de Boston, Berlim, Chicago e Nova York, que fazem parte da WMM, foram canceladas.
Para muitos atletas, a Maratona de Londres será a primeira grande competição de 2020 devido às restrições do COVID-19, que forçaram muitos eventos a serem adiados ou cancelados.
Fora da maratona, a NBA se tornou a primeira organização esportiva profissional a recomeçar, criando uma bolha em Orlando, Flórida, em um esforço para proteger os jogadores durante uma temporada de três meses.
Duelo entre Eliud Kipchoge e Kenenisa Bekele
A corrida masculina apresenta um confronto muito aguardado entre o queniano Eliud Kipchoge, detentor do recorde mundial, e o etíope Kenenisa Bekele, vencedor da Maratona de Berlim no ano passado. Na capital alemã, Bekele chegou a dois segundos de quebrar o recorde mundial de 2h01m39s estabelecido por Kipchoge na Maratona de Berlim de 2018.
No feminino, as atenções estarão com a queniana Brigid Kosgei, recordista mundial após vencer a Maratona de Chicago 2019 com 2h14m04s.
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Enquanto a 40ª corrida da Maratona de Londres contará com apenas elites, 45 mil pessoas se inscreveram para participar de sua prova virtual.
Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”