As ruas de Londres serão invadidas neste domingo por mais de 40 mil corredores. Impedida de acontecer no ano passado por causa da pandemia, a Maratona de Londres retorna neste domingo. O Sportv 2 transmite a prova a partir das 5h (de Brasília).
Enquanto os corredores, entre eles 23 de elite, vão enfrentar o percurso que começa em Blackheath e termina no The Mall, diante do Palácio de Buckingham, outros 40 mil corredores, em diversos lugares do mundo, disputarão a versão virtual da Maratona de Londres por meio de um aplicativo.
Em outubro do ano passado, a prova teve uma edição especial. Um grupo de corredores de elite deu 19 voltas em um circuito fechado montado ao redor do St. James’s Park.
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Quarenta anos após a primeira edição da Maratona de Londres, o diretor de prova, Hugh Brasher, acredita que o evento deste ano será memorável.
“Será um momento de alegria, de verdadeira emoção”, acrescentou ele. “É mais do que uma maratona. É sobre unir as pessoas e é isso que perdemos tanto nos últimos 18 meses.”
Eliud Kipchoge, tetracampeão da Maratona de Londres, está fora da prova
O bicampeão olímpico (Rio-2016 e Tóquio-2020) Eliud Kipchoge não vai tentar o pentacampeonato em Londres. O queniano, tetracampeão da Maratona de Londres (2015, 2016, 2018 e 2019), vai deixar a pista livre para o etíope Shura Kitata, campeão da edição especial de 2020.
“A vitória do ano passado teve um significado muito grande porque Eliud é um corredor muito famoso e forte”, disse Kitata, que venceu com 2h05m41s, enquanto Kipchoge terminou em oitavo, com 2h06m49s. “Para este ano, eu me intensifiquei minha preparação psicológica e física.”
Além de Kitata, outros concorrentes ao título da Maratona de Londres são o etíope Birhanu Legese, dona da terceira marca de todos os tempos nos 42km, com 2h02m48s, e o compatriota Mosinet Geremew, prata no Mundial.
Campeões dos últimos 10 anos
- 2020 – Shura Kitata (ETH): 2h05m41s;
- 2019 – Eliud Kipchoge (KEN): 2h02m38s;
- 2018 – Eliud Kipchoge (KEN): 2h04m17s;
- 2017 – Daniel Wanjiru (KEN): 2h05m56s;
- 2016 – Eliud Kipchoge (KEN): 2h03m05s;
- 2015 – Eliud Kipchoge (KEN): 2h04m42s;
- 2014 – Wilson Kipsang (KEN): 2h04m29s;
- 2013 – Tsegaye Kebede (ETH): 2h06m04s;
- 2012 – Wilson Kipsang (KEN): 2h04m44s;
- 2011 – Emmanuel Mutai (KEN): 2h04m40s; e
- 2010 – Tsegaye Kebede (ETH): 2h05m19s.
Queniana quer o tricampeonato em Londres
Detentora do recorde mundial, a queniana Brigid Kosgei almeja sua terceira conquista consecutiva após vitórias em 2019 e 2020. A alemã Katrin Dorre foi a última tricampeã na Maratona de Londres (1992, 1993 e 1994).
Suas rivais neste domingo serão a também queniana Joyciline Jepkosgei, atual campeã da Maratona de Nova York, e a israelense Lonah Salpeter.
Medalha de prata na maratona das Olimpíadas de Tóquio, Kosgei se diz pronta para o tricampeonato, dois meses após enfrentar o clima quente e úmido de Sapporo, palco da prova dos Jogos Olímpicos.
“Depois de uma semana, estava bem recuperada”, disse Brigid Kosgei à BBC Sport. “A grande razão é que amo Londres. Gosto do percurso e da forma como somos recebidos pelo público, que nos incentiva muito pelo percurso.”
Campeãs dos últimos 10 anos
- 2020 – Brigid Kosgei (KEN): 2h18m58s;
- 2019 – Brigid Kosgei (KEN): 2h18m20s;
- 2018 – Vivian Cheruiyot (KEN): 2h18m31s;
- 2017 – Mary Keitany (KEN): 2h17m01s;
- 2016 – Jemima Sumgong (KEN): 2h22m58s;
- 2015 – Tigist Tufa (ETH): 2h23m22s;
- 2014: -Edna Kiplagat (KEN): 2h20m21s;
- 2013 – Priscah Jeptoo (KEN): 2h20m15s;
- 2012 – Mary Keitany (KEN): 2h18m37s;
- 2011 – Mary Keitany (KEN): 2h19m19s; e
- 2010 – Aselefech Mergia (ETH): 2h22m38s.
Precauções contra a Covid-19
Com mais de 240 mil testes positivos para a Covid-19 em todo o Reino Unido nos sete dias anteriores à semana da corrida, ainda existem precauções em vigor para a corrida.
Todos os corredores devem fazer um teste de PCR antes de serem autorizados a se alinhar em Londres e foram incentivados a trazer apenas uma outra pessoa para assisti-los na prova.
O staff vai pedir para as pessoas se movam ao longo do percurso para não criar aglomerações.
A corrida terá largada em ondas menores de corredores, que serão liberadas ao longo de 90 minutos.
Preocupações da Maratona de Londres com a sustentabilidade
A Maratona de Londres introduziu uma série de medidas para mitigar o desperdício e o carbono produzidos pela corrida. Veículos elétricos liderando na frente da corrida, copos compostáveis para bebidas, sacolas com alimentos na linha de chegada feitas de cana-de-açúcar em vez de plástico.
Os organizadores da Maratona de Londres, que teve 84.125 inscritos no exterior para disputar uma vaga na prova de 2020, criaram uma taxa de carbono para ajudar a compensar as viagens dos corredores internacionais. Eles também ajudaram a financiar projetos de plantação de árvores no leste de Londres e no Quênia.
Também houve mudanças para melhorar a experiência dos corredores mais lentos depois que alguns, em 2019, reclamaram de terem sido insultados por colaboradores e encontrar a operação de limpeza ocorrendo antes deles.
Uma equipe de 50 pessoas, de patinetes elétricos, percorrerão o percurso, acompanhados por um DJ com músicas motivacionais. Haverá também oficiais adicionais disponíveis a cada 400m a partir do km 25 para apoiar os corredores mais lentos para completar o percurso.
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Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”