Chicago e Boston, duas das principais maratonas do calendário mundial, foram disputadas neste domingo (10) e nesta segunda (11), respectivamente. Depois de não terem sido realizadas em 2020 por causa da pandemia da Covid-19, essas duas provas voltaram a ter a presença de corredores. As duas juntas totalizaram mais de 55 mil maratonistas, sendo 35 mil em Chicago e 20 mil em Boston. No alto dos pódios no masculino e feminino, um etíope e três quenianos.
Na 43ª edição da Maratona de Chicago, no domingo, a vitória foi de Seifu Tura, com o tempo 2h06m12s. Essa foi sua segunda conquista no ano. Em abril, o etíope, de 24 anos, foi campeão na Maratona de Milão, onde marcou seu recorde pessoal, com 2h04m29s.
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Em segundo lugar ficou Galen Rupp. Campeão em 20017, o americano, que há nove semanas foi oitavo na maratona olímpica de Tóquio, fechou os 42,195km de Chicago em 2h06m35s. O terceiro colocado foi o queniano Eric Kiptanui, com 2h06m51s.
“Estava me sentindo bem no final da prova, mas sabia da capacidade de Rupp em poder acelerar nos últimos quilômetros. Por isso abri no final para garantir minha vitória”.
Quênia domina em Chicago e em Boston
Rupp retribuiu o elogio de Tura, dizendo: “Eu estava fazendo tudo o que podia para tentar seguir Tura. Ele correu os últimos quatro quilômetros num ritmo inacreditável”.
No feminino, o título ficou com a queniana Ruth Chepngetich. Depois de desistir da maratona olímpica por causa de uma lesão, ele cruzou a linha de chegada em 2h22m31s.
“Esta é a minha primeira vez nos Estados Unidos e devo dizer que estou muito animada e feliz pela vitória de hoje”, disse ela. “A corrida foi boa, mas difícil.”
A americana Emma Bates, de 29 anos, terminou em segundo lugar, com 2h24m20s, seguida pela compatriota Sara Hall, com 2h27m19s.
Americano lidera Maratona de Boston da largada até o Km 32
Já a 125ª edição da Maratona de Boston, o queniano Benson Kipruto fechou a maratona em 2h09m51s. O etíope Lemi Berhanu, campeão em 2016, terminou em segundo lugar, com 2h10m36s, um segundo à frente do compatriota Jemal Yimer.
O americano CJ Albertson foi um dos destaques da Maratona de Boston. Conhecido por seus feitos em corrida de longa distância, o americano tem dois recordes mundiais. Em 2019, ele marcou 2h17m59s numa maratona em pista coberta, e no ano passado, fez os 50km mais rápidos em uma pista ao ar livre, em 2h42m30s. Em Boston, Albertson largou na frente e se manteve nessa posição até o Km 32, chegando a abrir 2 minutos sobre os concorrentes. Albertson acabou na 10ª posição, com 2h11m44s.
No feminino, a queniana Diana Kipyokei venceu com 2h24m45s. Campeã em 2017, a também queniana Edna Kiplagat ficou em segundo, com 2h25m09s, seguida pela compatriota Mary Ngugi, com 2h25m20s.
Depois de Berlim (26/9), Londres (3/10), neste domingo (10) e Boston (11), a próxima prova da World Majors Marathon, que reúne as seis principais maratonas do mundo, será a de Nova York, em 7 de novembro. A prova de Tóquio foi adiada para 6 de março de 2022. (Iúri Totti)
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Iúri Totti é jornalista, com mais de 30 anos de experiência na grande imprensa, principalmente na área de esportes. Foi o criador das sessões “Pulso” e “Radicais” no jornal O Globo. Tem 13 maratonas, mais de 50 meias maratonas e dezenas de provas em distâncias menores. “Não me importo em ser rápido. A corrida só precisa fazer sentido, dar prazer.”